|| Capitulo dedicado à Izabella Bieber. Aviso ao final do capítulo.
POV Miley
Eu já não tinha mais força ou esperança de que fosse sair dali, meu corpo todo doía, da cabeça aos pés, de meia em meia hora aquele homem entrava lá e me agredia de alguma forma, meu rosto devia estar inchado e roxo.
Faltando uns 10 minutos pra ele voltar eu comecei a ouvir tiros vindos do lado de fora da sala, homens falando e portas sendo arrombadas, tive medo do que pudesse ser, mas foi ai que a porta de onde eu estava foi aberta e dois tiros foram disparados, em seguida pude ouvir corpos caindo no chão e alguém vindo em minha direção. Quase não acreditei, pensei que estivesse sonhando, quando o Justin tirou a venda que estava em meus olhos. Meus olhos se fixaram nos olhos dele e os dele nos meus, ele alisou meu rosto, mas recolheu suas mãos rapidamente quando outra pessoa entrou na sala. Matt.
Justin foi ágil tirando o pano que estava em minha boca, depois desamarrando minhas mãos e me ajudando a levantar. Eu não tinha ideia do que fazer em relação ao Justin, então fui até o Matt o abraçando e depois o beijando. Um beijo urgente, mas de agradecimento. Separei-me dele e saímos dali, encontrando uns homens armados, Matt começou a atirar demorando pra acertar, foram aparecendo mais homens e o Justin me colocou atrás dele de forma protetora e atirando também, conseguimos sair dali e entrar em um carro. Matt deu partida e atiraram contra o carro, estilhaçando o vidro traseiro em cima de mim, me abaixei e o Justin virou atirando na direção de quem despejava tiros no carro. Os tiros pararam, Justin o havia acertado.
Minha cabeça rodava, eu não sabia o que pensar. Justin e Matt juntos pra me salvar de não sei o quê. Fiquei em silencio o caminho inteiro até pararmos em frente a casa do Matt. Justin jogou a arma no banco de trás ao meu lado depois saiu. Matt e eu saímos também.
Justin pegou o celular dele no bolso e ligou para alguém e eu dei outro abraço no Matt.
- Nunca mais faça isso comigo! – Disse o Matt – Sabe o quanto você me deixou pilhado?
- Nem imagino... – Disse dando vários selinhos seguidos. Matt não era a pessoa mais certa do mundo, mas comigo ele era diferente...
- Miley! – Justin chamou depois de finalizar a ligação. – Entra no carro. Vamos pra casa.
- Já estou indo. – Depois de tudo que aconteceu, acho melhor fazer o que o Justin diz. Despedi-me do Matt e entrei no carro. Notei que o retrovisor do lado do passageiro estava quebrado, resolvi perguntar o que houve.
- O que aconteceu com o retrovisor?
- Um caminhão arrancou quando eu estava fugindo da polícia pra tentar encontrar você. – Ele frisou o “encontrar você”.
Ele tinha fugido da polícia por mim? Eu realmente não o conhecia...
Justin me entregou um par de óculos escuro e eu coloquei, ele disse que era só pra mãe dele não se assustar quando me visse, pelo visto meu rosto estava acabado.
Justin parou o carro na frente da casa e nós saímos do mesmo. Justin destrancou a porta da sala e entramos. Pattie ao ouvir a porta destrancando apareceu no andar de cima, depois desceu as escadas. Ela olhou pro Justin depois pra mim e começou a falar.
- Meu Deus! Justin, que notícias são essas suas na TV? E você, onde estava esse tempo todo?
- São apenas notícias! – Ele respondeu. – E ela foi sequestrada pelos falsos policiais que a levaram, mas eu já trouxe ela de volta. Se aparecer na TV mais alguma coisa sobre a festa ou a fuga da polícia não ponha a culpa em mim, você sabe de quem é. – Ele lançou um olhar mortal pra mim e subiu as escadas, em seguida pudemos ouvir a porta do quarto batendo.
Pattie estava com uma cara de preocupação enorme e não parava de olhar pra mim. Agora eu to realmente ferrada.
- Já sei, to muito fodida, mas deixa eu subir, tomar banho, comer alguma coisa e ai você começa a brigar comigo e faz tudo que você quiser.
- Olha a boca. – Ela me repreendeu – Quando terminar eu estarei no meu escritório.
Assenti e subi as escadas, entrando no meu quarto em seguida. Me joguei na cama, meu corpo todo doía, minha boca estava com gosto de metal e meu cabelo todo bagunçado, a sensação era péssima. Levantei-me e fui para o banheiro. Tirei o óculos que estava usando, o deixando em cima da pia e me encarei no espelho, meu olho direito estava completamente roxo e inchado, a maquiagem borrada. É eu estava horrível. Tirei minha roupa e entrei no boxe, tomei um banho quente e demorado. De volta ao quarto e tomada banho vesti um short preto e uma blusa preta com outra branca de mangas por cima, passei lápis preto no olho pra não perder o costume e andei lentamente até o escritório da Pattie. Bati na porta e entrei.
- Já sei, estou com a cara horrível e estou de castigo pra sempre?
- O que te faz pensar que te colocarei de castigo?
- Hum, dar uma festa com bebidas e drogas na sua casa, depois ser sequestrada e fazer seu filho fugir da polícia, talvez? – disse ironicamente.
- Bons motivos, mas não. Já tentei te colocar de castigo uma vez e deu no que deu. Você não tem jeito, Miley, já passou pela sua cabeça que talvez as pessoas se importem com você, mas você as afasta?
Foi o mesmo discurso de Justin. Eu não disse nada, mas ela estava certa.
- Eu não estou aqui pra te proibir de sair e de ser uma adolescente normal, eu estou aqui tentar colocar um pouco de juízo na sua cabeça. Diversão não é sinônimo de drogas e bebidas, você pode se divertir normalmente, indo a shoppings, shows, festas, mas tudo com um limite. – Ela deu uma pausa e olhou pra mim – Por isso que eu não vou te pôr de castigo e nem te obrigar a fazer nada, mas você terá que me provar que pode se divertir sem drogas. Se você passar uma semana normal, eu ligo pra sua mãe e você volta pra casa, como você tanto quer. Combinado?
Eu realmente estava ouvindo aquilo? Ela ia me deixar voltar pra minha casa, e minha vida?
- Combinado.
- Pode ir...
Saí do escritório dela sem acreditar que em uma semana eu estaria livre. Eu poderia ficar uma semana sem beber, isso é fácil. Porém um sentimento de culpa deu sinal de vida. Por um momento eu esqueci o que tinha me acontecido. Os momentos de tortura, amarrada, sem comida ou água e Justin havia me tirado de lá, junto com Matt, podendo acabar com a carreira por ter tirado a vida de várias pessoas e portando armas ilegais. E mesmo com todos os riscos ele tinha me salvado, poderia até não ser por mim, mas ele havia feito. Eu tinha que agradecer.
Apressei-me no corredor parando em frente à porta do quarto de Justin, bati uma vez e entrei. Ele não estava lá dentro, nem no banheiro. Eu ia sair do quarto quando vi a foto dele e da mãe dele quando ele era pequeno, ele era um bebê lindo. Não, pera. Ele é lindo até hoje, mas é um chato – que salvou minha vida. A porta se abriu e eu dei um pulo.
- O que você está fazendo aqui?
- Eu vim falar com você...
- Pode falar, Miley.
- Na verdade, eu queria te agradecer, você sabe, por ter me encontrado e me tirado daquele lugar. Então, obrigada.
- Não foi nada.
- Foi sim, sério. Você arriscou sua vida – e sua carreira indo até lá.
- Não foi por você.
- Eu sei. Eu nunca fiz nada pra merecer, mas obrigada assim mesmo.
As palavras dele foram como uma facada em mim. Eu sabia que ele não havia feito nada por mim, mas ouvi-lo dizendo foi horrível. Passei por ele abrindo a porta e indo para o corredor, em direção à escada.
- Miley, espera! – O ouvi dizer quando ia descer. Parei instantaneamente.
Ele veio até mim em passos largos, mas em minha mente ele estava em câmera lenta. Justin se aproximou e segurou meu rosto com uma das mãos, olhando fixamente em meus olhos.
- Não ta com raiva de mim?
- Por mais que eu queira, eu não consigo. E eu não aguento mais tentar esconder a vontade que eu estou de te beijar. – Com aquelas palavras meus olhos se iluminaram.
- Então por que ainda está aí me olhando? – Disse em resposta.
Ele me imprensou contra a parede e me beijou calmamente, em seguida suas mãos estavam na minha cintura e minha mão em sua camiseta. Ele aumentou a ferocidade do beijo e eu parei de corresponder. Eu não podia fazer aquilo, eu estava com o Matt, certo? Não poderia fazer aquilo com ele, ele não merecia. Justin quando percebeu se separou e ficou me encarando.
- O que foi? – Ele perguntou.
O que eu diria? Foi mal Justin, mas não sei como anda meu estado com Matt, então não posso te beijar? Foda-se, era ele que eu queria. Matt com certeza pegava todas por aí, eu era só mais uma.
- Nada, esquece.
Respondi rapidamente, colocando minhas mãos em volta de seu pescoço e o puxando para mim. O beijo durou mais alguns segundos e eu ouvi meu celular tocar em meu quarto.
- Preciso atender, pode ser o Matt. – Vi que ele fez uma cara feia e fui até o quarto e peguei o celular. Era mesmo o Matt.
- Hey, Matt!
- Se você atendeu é porque a mãe do Biba ainda não te matou... Hey!
- Não matou, nem vai. Ela falou que se eu me comportar, em uma semana eu volto pra casa, precisamos comemorar.
- Precisamos? A notícia é boa só pra você...
- Mas você sabia que um dia eu voltaria pra casa, Matt.
- Sabia, mas não esperava que fosse tão cedo. Tenho que desligar, tchau.
- Matt, espera! – Mas ele já tinha desligado.
Senti-me mal por ele, afinal, ele nunca teve uma vida muito boa, pelo que ele me contou e eu era a única amiga dele. E pra piorar, eu não teria coragem de dizer que fiquei com Justin. Droga de vida.
Liguei a televisão, estava em um canal de notícias e a repórter dizia.
“Após festa terminada em confusão e fuga da polícia, Justin Bieber – O cantor teen – é flagrado portando arma de fogo em ruas afastadas da cidade.”
A repórter parou de falar e imagens da festa, da fuga e dele com a arma foram passadas e tudo voltou a minha mente como um flash. Eu aprisionada e Justin arrombando a porta do velho prédio abandonado e me desamarrando, trocando tiros com um dos guardas do local e Matt o matando. Nós fugindo de carro e um cara atirando no carro, fazendo o vidro se quebrar em cima de mim. Ao fim dessa imagem em minha mente eu me lembrei do ferimento que ardeu na hora do banho. Pus a mão no local da ardência e senti minha blusa molhada, meu ombro estava sangrando.
Fui até o espelho para tentar olhar melhor o estado da minha blusa, não consegui ver nada. Comecei a tirar a blusa de repente vi pelo espelho a porta se abrindo e Justin entrando.
- Justin!
- Hm... hey, desculpa.
Tirei a blusa com cuidado pra não doer mais e olhei o estado do meu ombro no espelho. Não foi sério, mas o corte foi fundo o suficiente pra fazer arder bastante. Eu precisava encontrar um kit de primeiros socorros naquele lugar, e não encontrar com a Pattie. A notícia saiu da minha mente, deixando lugar apenas para as imagens de eu sendo salva.
- Miley, tem sorvete lá em baixo, vai querer? – Justin me perguntou entrando no quarto sem bater, já que eu havia deixado a porta aberta, me encontrando sangrando de de sutiã. – Aí meu Deus, você se machucou quando aquele filho da puta atirou no carro.
- Relaxa Justin, não foi nada. Só preciso de algodões, esparadrapo e álcool pra um curativo.
- Ta, eu vou pegar. – Enquanto ele ia buscar eu coloquei um top por cima do sutiã e ele estava de volta. – Por que você colocou esse treco aí? Tava muito melhor só de sutiã. Aqui está o que você pediu.
- Desnecessário, mas obrigada.
Joguei álcool em um pedaço de algodão e tentei passar no ferimento e percebi que não conseguiria fazer aquilo sozinha.
- Deixa eu te ajudar, senta aí na cama. – Entreguei o algodão pra ele e me sentei na cama, como ele pediu.
Ele sentou atrás de mim e passou o algodão no machucado, fazendo arder mais ainda, resmunguei de dor, mas ele continuou limpando. Terminou de limpar, pegando o esparadrapo e o algodão fazendo um curativo no meu ombro. Com o curativo pronto ele aproveitou a situação e começou a beijar meu pescoço, traçando uma linha direta até meu ombro.
- Justin, para, a porta ta aberta, sua mãe pode nos ver.
- E daí?
- E daí que eu quase matei o filho dela e agora to aqui me pegando com ele.
Ele me ignorou completamente, voltando a beijar meu pescoço. Me virei na cama, ficando de frente pra ele, sentada praticamente em seu colo. Ele continuou distribuindo beijos pelo meu pescoço e colo, subindo novamente pra minha boca, quando eu definitivamente sentei em seu colo o beijando com ferocidade. Sua mão passeava livremente pelas minhas costas e eu agarrei seu cabelo com força. Uma de suas mãos ousou mais e passou por baixo do top, quase chegando a parte da frente e eu desci meus beijos para seu pescoço. Ele aproveitou que parei de beija-lo pra tentar tirar meu top, mas eu não deixei e ele ficou me olhando incrédulo.
- Não sei se você percebeu, mas a porta esta aberta e sua mãe pode entrar quando ela quiser, não seria uma cena legal de encontrar seu filho.
- Então é só fechar a porta, ué.
Dou uma risada sarcástica. – Você me disse que tinha sorvete lá em baixo?
Saí de cima dele e abri o closet em busca de outra blusa. Encontrei outra blusa preta, só que da banda Kansas, de manga curta pra esconder o curativo.
- Quero trocar de blusa, dá licença?
- Na melhor parte você quer que eu saia? Não mesmo.
- É sério, Justin!
- Também to falando sério, Miley.
- Já mencionei o quanto você é irritante?
- Não.
- Pois você é!
Como ele não iria sair eu me virei de costas e tirei o top, e ouvi o barulho da porta se fechando, pensei que ele havia saído e me virei novamente. Mas não, ele não havia saído. Justin só tinha fechado a porta e estava me encarando.
- Justin, vaza daqui.
- Não.
Ele voltou a se aproximar de mim, me puxando contra seu corpo. Ele olhou fixamente para meus peitos cobertos apenas por um sutiã de renda preta, em seguida pra mim. Ele me beijou mais uma vez com fervor, suas mãos derrubaram a fina alça do sutiã e ele voltou a distribuir beijos pelo colo, se ele não parasse por ali eu não responderia mais por mim. Foi quando ouvimos Pattie gritar do andar de baixo para Justin descer.
- Porra, mãe. – Gargalhei alto, pois ele não ia ter o que queria e ele me olhou com uma cara engraçada e saiu do quarto. Endireitei as alças e vesti a blusa e coloquei meu All Star, deitando na cama e pensando em tudo que havia acontecido.
Continua...
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Leitoras da minha vida, eu havia avisado que iria respostar a fanfic no SocialSpirit, mas as coisas não saíram como eu planejei e a história acabou ficando parada por lá também. Mas como uma leitora fez um comentário maravilhoso aqui no blog eu postei esse capítulo especialmente pra ela.
Eu nunca tive a intensão de abandonar a fic, tanto que tenho mais capítulos no computador já escritos e continuo tendo ideias para o futuro da história, mas eu preciso saber de vocês o que vocês preferem. Tenho duas opções.
1 - Continuar do capítulo 18 em diante aqui no blog e ir editando os capítulos anteriores para um português melhor e algumas mudanças.
2 - Continuar repostando no SocialSpirit até o capítulo 17 e depois continuar aqui e lá.
Vocês que sabem, a escolha é de vocês.
Link da fic: Can't Be Tamed
Eu já tinha dito tudo isso antes, mas eu realmente quero dar continuidade a história e agora eu não irei cobrar comentários para continuar. Porém, é sempre bom vocês dizerem pra autora o que estão achando, isso nos motiva.
É com vocês, digam o que querem, mas independente de onde eu postar eu vou continuar!
~Biia
